terça-feira, 29 de julho de 2014

Business Case: Identificação de Oportunidades de Alavancagem Financeira e Operacional

Este artigo tem como objetivo compartilhar uma metodologia simplificada que foi customizada para identificar oportunidades de Alavancagem Financeira e Operacional de uma empresa nacional de médio porte. O objetivo: otimizar a competitividade a um nível satisfatório para a empresa superar os principais desafios da atualidade no cenário internacional, na era da globalidade.
O produto final, o resultado da aplicação desta metodologia é o levantamento das oportunidades de melhorias e o planejamento de soluções para as oportunidades que tiverem maior representatividade (utilizando VPL por exemplo), para potencializar a competitividade atual e futura da empresa.

Foram encontradas oportunidades de melhorias em temas importantes e condicionantes da competitividade nos negócios internacionais, sendo:
  • estratégias de empresas e gestão por processos;
  • gestão de competências;
  • logística internacional;
  • regulação do comércio internacional;
  • operações de câmbio;
  • tributação no comércio exterior;
  • economia internacional;
  • finanças internacionais;
  • gestão de operações de importação e exportação.

METODOLOGIA ADOTADA - EMBASAMENTO TEÓRICO

O trabalho foi desenvolvido utilizando alguns conceitos para formulação da estratégia nas organizações, mesclando os conhecimentos das 10 diferentes escolas de pensamento estratégico, (SAFARI DA ESTRATÉGIA, de H. Mintzberg – B. Ahlstrand – J. Lampel). Pois quando se fala em estratégia, existem vários caminhos passíveis de serem trilhados segundo os contextos em que a empresa está inserida.

Então, utilizando de alguns dos conceitos de planejamento estratégico, utilizados de forma conjunta, foi desenvolvida uma metodologia customizada que poderá se modificar ao longo do tempo, com a evolução da empresa. "O mais importante é a percepção das opções existentes e a tomada de decisão estratégica fincada em uma base segura e consciente das possibilidades e manobras necessárias, conforme as condições vigentes naquele momento e contexto" (PARIS, Wanderson S.; ZAGONEL, Evaldo).
Podemos resumir o desenvolvimento do trabalho em 5 etapas distintas a seguir, cumprindo-se observar que na segunda etapa, Aplicação da Metodologia, através da análise do cenário atual, foram identificadas algumas oportunidades imediatas e estratégias emergentes. E após isso o trabalho seguiu com o que poderíamos denominar de planejamento estratégico futuro, para representar a consolidação estratégica da empresa.

1.    Metodologia Adotada - Embasamento Teórico;

1.1.  Análise do Posicionamento Competitivo da empresa - Conceitos de Modelagem Estragética

1.2.  Implantação através de Gestão por Projetos

1.3.  Distribuição dos Temas como Projetos de Melhoria por processo, por departamento envolvido

1.4.  Monitoramento e Controle através do sistema de avaliação de desempenho empresarial BSC (Balanced Scorecard).

2.    Desenvolvimento do Trabalho - Aplicação da Metodologia;

2.1.  Análise do Posicionamento Competitivo da empresa

2.1.1.     Revisão e Consolidação da Estratégia Atual

2.1.2.     Cenário Atual - Identificação de Oportunidades Imediatas: Estratégias Emergentes no Microambiente

2.1.3.     Identificação de Equipes de Melhoria, de acordo com processo, departamento envolvido, para Implantação dos Projetos decorrentes das estratégias emergentes:

2.1.3.1.         Gestão por Processos
2.1.3.1.1.             Avaliação de Riscos, Avaliação de Viabilidade de Projetos e identificação de investimentos de agregação de valor (VPL), Custo de Oportunidade

2.1.3.2.         Internacionalização da empresa
2.1.3.2.1.             Estudo de estratégicas de internacionalização: filial no USA, exportação para países do MERCOSUL e outros através de acordos bilaterais

2.1.3.3.         Supply Chain Management - Logística Integrada

2.1.3.4.         Incoterms, custos e seguros

2.1.3.5.         Regimes Aduaneiros, Trânsito Aduaneiro, Admissão Temporária e Drawback

2.1.3.6.         Modalidades de Contratação de Câmbio

2.1.3.7.         Oportunidades de Negócio com a Desregulamentação Cambial (constituição de disponibilidades no exterior, investimentos no exterior, ao exterior - filial Miami, Alíquotas Tributárias e Taxas de Juros)

2.1.3.8.         Imposto de Importação, Ex-tarifários, Lista de Bens sem similar nacional x NCM x Impostos

2.1.3.9.         Casos de não incidência de impostos, Isenções e Reduções, objetos de troca e perdimento

2.1.3.10.      OMC, Acesso a Mercados, Cláusula NMF e Exceções (SGP), oportunidades com proposta de Livre Comércio MERCOSUL-EU, Acordos sobre o comércio de bens

2.1.3.11.      Métodos de Pagamento

2.1.3.12.      Blocos Econômicos, Protecionismo, Direito Econômico

2.1.3.13.      Utilização de Mercados Monetários Internacionais

2.1.3.14.      Financiamento do Comércio Internacional

2.2.  Planejamento Estratégico Futuro

2.3.  Resultados - identificação dos temas de maior representatividade na melhoria da competitividade da empresa

3.    Implantação através de Gestão por Projetos;

4.    Estabelecimento das Metas Esperadas;

5.  Monitoramento e Controle através do sistema de avaliação de desempenho empresarial BSC (Balanced Scorecard).

domingo, 27 de julho de 2014

A Divina Misericórdia através da meditação e oração

Queridos! Para finalizarmos o domingo e iniciarmos uma nova semana, a melhor semana, quero convidá-los a refletir sobre o poder da meditação, da oração e da Misericórdia Divina em nós.

Deus é Misericordioso e através de sua Divina Misericórdia nos dá tudo o que precisamos para a nossa conversão e salvação, bem como dos nossos. Deus nos ama muito, não criou vermes nem doenças, bem como não quer o sofrimento de nenhum de seus filhos. Muitos sofrimentos surgem da alma e do espirito doentios, surgem das coisas do mundo e do mal que nos rodeia. 

Em um acampamento de oração da Canção Nova neste mês, o abençoado Pe. Roger, em mais uma daquelas suas pregações, deixou bem claro que vivemos indiferentes ao lixo, estamos acostumados a ouvir lixo, a ver lixo, a comer lixo, a conviver com o lixo, a dormir com o lixo, a acordar com o lixo... O lixo, aquilo que é ruim, o mal, não podem ser considerados normais, tratados com indiferença. Devemos aprender a tratar o lixo como lixo e a fazer uma reciclagem diária, e isso é difícil, pelo menos no início, porém basta começar. Eu, aos 39 anos, estou quase aprendendo...

Em um de seus vídeos, o psiquiatra Dr. Wilson Gonzaga nos explica que tudo o que existe realmente, só existe porque foi pensado antes. Assim também é a nossa alegria e a nossa tristeza. Se tivermos uma tristeza, um sofrimento, podemos e devemos dispensá-los e “des-pensá-los”, ou seja, tirá-los do nosso pensamento. Sabendo que a maior fonte de sofrimento é o fato de nossa mente estar quase sempre no passado ou no futuro, é estarmos sempre pós-ocupados ou preocupados, para “des-pensar”, para descartar o lixo, é necessário viver estritamente o presente, o hoje, o agora, o instante, o milésimo de segundo presente.

Assim, o nosso pensamento assumirá o controle e a dirigibilidade da nossa vontade, fazendo com que sejamos capazes de dirigir nossa vontade e ficar somente com aquilo que é bom. Pois o cérebro e o corpo reagem quimicamente e fisiologicamente conforme nosso pensamento, nos preparando para agir conforme pensamos, a concretizar aquilo que pensamos. 

Precisamos nos exercitar para estarmos sempre tranquilos, pois “pensamentos tranquilos trazem tranquilidade para o corpo, e o corpo se torna saudável”. E para termos pensamentos tranquilos, o Dr. Wilson nos receita a meditação, como uma forma de deixar a cabeça vazia. Enquanto o ditado popular diz que cabeça vazia é oficina do diabo, ele nos confirma que “cabeça vazia é receptáculo de Deus”, pois a mente vazia, ou melhor, quieta, induz a pensamentos controlados. 

E desta forma, com a mente quieta, através da oração teremos um encontro pessoal com Deus, O qual está em nós, dentro de cada um de nós, nos fazendo sentir a cada momento, por mais difícil que este seja, quão grande é a Sua Divina Misericórdia! Precisamos estar atentos, pois vivemos na era da superficialidade, na era do imediatismo, em todos os sentidos. Porque alcançar a Misericórdia Divina, assim como tudo na vida, envolve um processo contínuo, continuado, de: pensar, desejar, buscar, planejar, agir, seguir e perseverar.

A Misericórdia Divina transforma a dor no prazer da esperança, o ódio em amor, a tristeza na mais plena felicidade de nos sentirmos, a cada e a todo momento, carregados no colo do Salvador, Aquele que é Pai, Filho e Espirito Santo. Amém! 

Deus te ama e eu também! Boa Semana a todos!

Homenagem à nossa filha Larissa

Esta é uma homenagem que fiz à minha filha Larissa em março deste ano, quando recebemos a notícia que ela tinha sido aprovada para ingressar no 4º ano do ensino fundamental do SESI, 15 candidatos e uma única vaga... orgulho do pai, garota muito dedicada. Segue abaixo o texto da homenagem:

"Queridíssima filha Larissa F. Dal Poz, o papai, a mamãe Elaine e o maninho Arthur estamos super orgulhosos de você, 15 candidatos para 01 única vaga, você foi super bem na prova e hoje recebeu a recompensa pelo seu esforço e dedicação... Primeiro dia de aula no SESI, PARABÉNS !!!

Continue assim, o Estudo tem o Poder de Transformar e de nos Conduzir Rumo a nossos Objetivos!

Sempre com honestidade, humildade, ética, muuuuuuuuito esforço, FÉ e obediência a DEUS! Nossa Senhora, São Miguel e São Bento estão com você, estão em você...Consagrados... é muita emoção !

E quanto aos amigos e professores da Lavinia, lembre-se: Só se tem Saudades do que é Bom...

A M A M O S VOCÊ, nossa princesa, nosso anjo ...nosso tudo !!! "

sexta-feira, 25 de julho de 2014

TLM e Desenvolvimento de Competências

Primeiramente, a sigla TLM, em inglês, significa Total Lubrication Management, sendo que não iremos nos aprofundar neste tema neste momento.

No que se refere a novas tecnologias, aqui falando especificamente do mercado de lubrificação e abastecimento, existe uma defasagem do Brasil, bem como de alguns países da América Latina, tanto tecnológica quanto cultural. Isso envolve metodologias, equipamentos e soluções utilizando equipamentos de alto desempenho e eficácia em lubrificação e abastecimento, quando comparados aos EUA, Alemanha, Espanha, Itália e outros países mais desenvolvidos.

Em um passado não tão longe assim, ao concluir um curso de graduação, um profissional recém-graduado já podia se aventurar no mercado de trabalho sem maiores preocupações com outras competências, além daquelas adquiridas na Faculdade ou Universidade.

Com o advento da Globalização, ou melhor, da Globalidade, a extrema e estressante competitividade e as relações de emprego cada vez menos estáveis passaram a demandar um maior empenho profissional em diversas competências, além das específicas por atividade, o que denominamos de competências essenciais do indivíduo ou competências transversais. Em um primeiro momento, principalmente com a Globalização, estas passaram a ser consideradas como requisitos competitivos diferenciais. Atualmente, na fase da Globalidade, da pós-Globalização, podemos considerar as competências essenciais ou transversais como requisitos básicos para o desempenho eficaz de qualquer atividade profissional.

Tentarei resumir o conceito sob uma das óticas possíveis, de uma forma bem simplista, como a aquisição de uma série de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA), que somadas ao conhecimento técnico específico de cada atividade, poderão fazer com que o profissional se torne competitivo e eficaz em qualquer atividade. Compreende a flexibilidade, inteligência emocional, pró-atividade, assertividade, tolerância a realidades incertas e não lineares, planejamento, gestão, liderança e uma série de outras competências essenciais.

“Conhecimentos, habilidades e atitudes que são os diferenciais de cada pessoa e têm impacto em seu desempenho e consequentemente nos resultados atingidos” (Maria Odete Rabaglio)

     
Desenvolver Competências em TLM significa criar uma base sólida de conhecimentos necessários para a identificação de necessidades e oportunidades para a implantação de novas tecnologias em lubrificação e abastecimento, bem como fornecer subsídios para o desenvolvimento das habilidades e atitudes essenciais para viabilizar o desenvolvimento de soluções utilizando novas tecnologias e equipamentos de alto desempenho e eficácia em lubrificação e abastecimento. 

Atualmente existem no Brasil renomadas empresas que ministram cursos de lubrificação, os quais possuem foco na seleção, nos métodos e aplicação dos lubrificantes. A título de curiosidade, também existem alguns cursos on-line, sendo observada uma disparidade muito grande entre eles no que diz respeito ao conteúdo, público alvo e preço final.

Quando se fala em desenvolver competências em TLM, o diferencial é criar uma base sólida de conhecimentos necessários para a identificação de necessidades e oportunidades para a implantação e gerenciamento do ciclo de melhoria contínua de soluções que utilizam novas tecnologias e equipamentos de alto desempenho e eficácia em lubrificação e abastecimento. 

Não se trata apenas da seleção de lubrificantes, o que é apenas parte do processo. O conteúdo deve abranger desde os principais fundamentos de lubrificação, questões ambientais, cases e impactos financeiros, novas tecnologias em lubrificação, seleção de equipamentos, dimensionamento, desenvolvimento de soluções de controle e gestão de lubrificação e abastecimento, até o modelo de gestão de competências, como subsídios para o desenvolvimento das competências essenciais em TLM.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Bom Dia, seja qual for o seu problema !

Seja qual for o seu problema, siga, não desista, pois a solução nem sempre ocorre como e no tempo que queremos. Sou testemunho vivo disso...

E com esta linda letra de música do Pe. Cleidimar Moreira, desejo muita Paz, Amor, Saúde, Sucesso e Felicidades eternas, com mais um excelente dia a você !

E para quem não crê em Deus, substitua Esta palavra pelo seu próprio nome, pois Deus está em ti.

"Vejo em teu olhar profunda tristeza
Onde é que foi parar, aquele brilho?
Se desanimado estás, levante a cabeça,
Deus é tua força, Ele quer te levantar.
Seja qual for o teu problema
Ele está contigo,
Se precisar de um ombro amigo
Ele é teu consolo,
A vitória é reservada
Àqueles que n'Ele se apoiam.
Deus tudo vê (Deus tudo vê)
Deus tudo pode (tudo pode)
Basta apenas confiar
E o mais Ele fará

Por você."

Oportunidades e Desafios da Atualidade

Apresentado em Novembro/2013 à LUPUS Equipamentos de Lubrificação e Abastecimento

(Introdução do International Business Plan - Individual – MBA FGV – COMEX 21 – 2013/2015)


Segundo o Prof. Dr. Orleans Silva Martins, falando sobre os efeitos da globalização no mercado internacional, existe um conjunto de forças controla o processo de globalização, tendo de uma lado as políticas governamentais de abertura econômica e de outro forças conduzidas pelo progresso tecnológico, principalmente nos setores de comunicação e transportes. Enquanto a produção mundial cresceu seis vezes nos últimos quarenta anos, os fluxos comerciais cresceu quinze vezes, expansão nunca vista no cenário internacional.

Visando aumentar a escala de operação, reduzir custos e ampliar participações nos mercados nacionais e internacionais, nota-se que grande parte dos negócios internacionais é realizada por empresas do mesmo grupo, entre matriz e subsidiárias, de acordo com as vantagens dos países envolvidos. Outra realidade são os arranjos regionais de comércio, sendo estimado que o comércio realizado internamente aos blocos econômicos de livre comércio representam atualmente mais de 50% do comércio mundial. Nos parágrafos abaixo são citados alguns fatos marcantes que indicam a proporção das transformações que estão ocorrendo no cenário internacional nos últimos anos.

Em 25 de abril 1994, após oito anos de negociações na Rodada Uruguai em, o antigo acordo GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) criado em 1947 deu lugar à OMC - Organização Mundial do Comércio, em 1995. A OMC é uma organização internacional, com personalidade jurídica própria e que detém privilégios e imunidades diplomáticos análogos aos organismos especializados das Nações Unidas (ONU), diferente do GATT que é apenas um tratado internacional.

Atualmente com 159 países membros, as funções básicas da OMC são: facilitar a implantação dos acordos, regras e mecanismos multilaterais e dos instrumentos jurídicos negociados na Rodada Uruguai; servir de foro para negociações relacionadas ao comércio entre os países membros; administrar o Entendimento sobre Solução de Controvérsias e administrar o Mecanismo de Exame das Políticas Comerciais, cooperando paralelamente com o FMI e Banco Mundial para que se obtenha maior coerência na elaboração das políticas econômicas em escala mundial.

Em 2001, por não ser considerada uma economia de mercado a China ingressou na OMC, porém com a obrigação de realizar amplas reformas internas para cumprir as regras da OMC até 2016, período em que ela não poderá usufruir dos Acordos sobre o Comércio de Bens, como Medidas Antidumping, Salvaguardas, Subsídios e Medidas Compensatórias. E recentemente, segundo matéria do Valor Econômico de 15/11/2013, a China anunciou plano ambicioso de liberalização econômica e social, divulgando detalhes de um plano abrangente de reforma econômica e social, prometendo reduzir o papel do governo em diversos setores e estimular as forças de mercado.

Em matéria publicada em 23/11/2013, por Clóvis Rossi, colunista da Folha de São Paulo, os negociadores da OMC estão fechando um pacote de acordos a ser definitivamente aprovado na Conferência Ministerial que ocorrerá a partir do dia 3 de dezembro de 2013 em Bali, na Indonésia. O pacote em fase final de negociação prevê a "facilitação de negócios". Há cálculos apontando para um acréscimo de US$ 1 trilhão ao comércio internacional (quase quase meio Brasil) apenas com mais rapidez no embarque e desembarque de mercadorias. Na área agrícola consolida regras e propostas que facilita o acesso de bens agrícolas aos mercados, área em que o Brasil é um dos mais importantes atores no comércio mundial. 

Também em matéria veiculada em 23/11/2013 na Folha de São Paulo por Renata Agostini, o acordo para a facilitação do comércio na OMC pode reduzir em 10% os custos para a exportação e a importação de produtos. Nos setor dos bens manufaturados, o qual tem experimentado queda nas vendas, a economia pode chegar a 14% de acordo com estudo elaborado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Temas como a adoção de um "portal único" para o desembaraço de mercadorias e o fim da "consularização", da exigência de registro de inúmeros documentos de comércio exterior nos consulados, os quais seriam principalmente importante para pequenas e médias empresas, segundo Carlos Abijaodi, da CNI.

Em 25/11/2013, foi circulada a matéria no jornal Valor Econômico sobre o fechamento de um acordo histórico dos EUA e outros cinco países com o Irã. Este acordo previa a redução do embargo econômico ao Irã em troca de ações para limitar o programa nuclear iraniano. "O acordo exige a paralisação da produção de combustível nuclear de grau próximo ao usado em bombas e a eliminação do estoque de material físsil. Em troca, o Irã ganhará trégua nas sanções econômicas."


É notável a evolução no comércio internacional, acordos bilaterais, acordos regionais, multilaterais, país não considerado economia de mercado se integrando à OMC, país com sanções econômicas recebendo tréguas, indícios de abertura econômica, enfim, um cenário de muitas oportunidades e desafios, que requer mudanças de paradigmas das organizações.

Atualmente vivemos a fase da Globalidade, uma fase pós-globalização. Países que antes eram considerados subdesenvolvidos hoje competem de igual para igual e até com vantagens sobre as imponentes multinacionais do primeiro mundo, da fase da globalização. 

Globalidade significa reinventar-se, buscar oportunidades, chamar a si a responsabilidade de encontrar soluções, focar em mudança através da criatividade, livrar-se de antigos paradigmas, libertar a performance, descobrir como ajudar, mudar como fazer, ter paixão pelo que se faz. É quando a as distâncias foram eliminadas, o tempo de resposta se tornou praticamente nulo, o crescimento impulsionado pela internet é vertiginoso e o grande diferencial, mais do que nunca, são as pessoas como fontes de transformação.

Vivemos em uma Sociedade do Conhecimento, onde as informações devem ser transformadas continuamente em novos conceitos, gerando formas diferentes e mais eficazes de se fazer o mesmo. Segundo Adam Smith em seu livro Riqueza das Nações, o capital natural representa até 20%, os bens de capital até 20%, enquanto os recursos humanos representam mais de 60% na definição da riqueza de uma nação. Um grande exemplo disso é o Japão, tem escassez de capital natural, porém tem o diferencial nos recursos humanos, o que o coloca na posição da 3a. nação mais rica do mundo.

Isso vem de encontro à tese do professor de Desenvolvimento Econômico da Universidade de Harvard, Ricardo Hausmann: "o que impulsiona o crescimento é o conhecimento, não o conhecimento no nível do indivíduo, mais sim o conhecimento da sociedade, utilizado de forma integrada entre os indivíduos".

De acordo com a psicóloga do trabalho Lis Andréa Soboll, as novas configurações de gestão, neste “novo” cenário de competição globalizada, são propícios à complexidade do ambiente de competitividade em que as empresas estão inseridas, afetando empresas de todos os portes. Diante disso, não há espaço para o amadorismo. É preciso saber administrar os vários tipos de conhecimento existentes dentro da empresa e fazê-los entrar em ação.

O conhecimento não está acima dos recursos humanos; cada um deve ser julgado por sua contribuição pelo objetivo comum da empresa e não pela sua superioridade ou inferioridade implícita. Portanto, a organização moderna não pode ser do tipo chefe-subordinado, deve ser organizada como uma verdadeira equipe, através da integração de processos e funções. 

Quando isso não ocorre, uma das fraquezas (análise SWOT) do ambiente organizacional, conhecido como "miopia gerencial", surge como freio para o crescimento e inovação dentro das empresas, pois a "inovação empresarial depende do engajamento das pessoas", segundo Jussara Dutra, gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Senior, em matéria publicada no site da Revista Você RH. Inovação é questionar as crenças existentes e desafiar a lógica convencional, com o objetivo de lançar idéias que podem revolucionar o mundo, dando origem a novos produtos e serviços, é quando muitas empresas nascem e outras se reinventam.

Porém como quebrar paradigmas e promover a criatividade, sair do cotidiano mecanizado que muitas vezes desmotiva os colaboradores e favorece a concorrência não é tarefa fácil. O principal desafio da Gestão do Processo de Inovação é construir um clima propício para que as pessoas criem vínculos e se engajem, se comprometam com os objetivos da organização.

Pessoas engajadas são pessoas comprometidas para a realização de uma causa, para que voluntariamente dediquem seus esforços para criar. Pois o Processo de Inovação não é um processo que se implanta somente com a publicação de um procedimento, de um conjunto de regras e, sim, somente é possível em uma organização com colaboradores realmente engajados. O engajamento é um processo emocional, diretamente ligado à capacidade das lideranças de se comunicarem com as equipes, para que estas se sintam capazes de contribuir e participar ("empowerment").

Voltando à "miopia gerencial", a mesma tem origem em crenças profundas validadas no passado e na superioridade de antigos modelos de negócio e gestão, na qual a formação dos gestores era voltada para supervisionar e controlar, com a premissa de que o saber era um bem privativo apenas a eles, gerando distanciamento dos gestores aos seus colaboradores.

Isso converge com outra fraqueza organizacional, ilustrada pelo conceito da "mentalidade do silo". Da matéria publicada no Blog Inteligência Competitiva, a mentalidade do silo é a falta de capacidade de interagir, comunicar-se e cooperar. Silos são construções de formato cilíndrico, altos, sem janelas e cumprem suas funções isoladamente, sem comunicarem-se uns com os outros.

Daí surgiu a analogia dos silos com alguns departamentos, grupos ou indivíduos que procuram agir isoladamente dentro de uma empresa, não interagindo, não comunicando-se ou cooperando com as demais áreas, processos e funções de uma organização, representando uma grande ameaça por colocarem em risco tanto as atividades internas da organização como as externas, representadas pelo relacionamento com clientes, fornecedores e outros parceiros de negócios.

O enfrentamento destas fraquezas exige medidas que mudem conceitos culturais e comportamentais já arraigados na organização. É preciso desenvolver novas competências nos gestores, competências que viabilizem a troca de informações entre as pessoas e que respeite a diversidade de idéias. Exige que se aperfeiçoem os sistemas de liderança, administração, planejamento, motivação, qualidade e controles de desempenho.

Também exige a adoção de sistemas de gestão dos conhecimentos empresariais visando fortalecer o desenvolvimento e compartilhamento de conhecimentos. Além disso, é preciso gerar um ambiente de confiança entre funcionários e empresa, confiança que permita as pessoas experimentar novas formas de se realizar os processos, novos produtos, novos serviços.

Concluindo, o cenário atual expõe as disparidades e diferenciam as organizações que possuem condições de crescer em um ambiente aberto, competitivo e dinâmico, daquelas que só sobreviveriam em uma economia fechada e protegida. Ou seja, as empresas precisam se adaptar às escalas compatíveis com o mercado aberto, é questão de competitividade e sobrevivência do negócio. Enfim, na era da tecnologia da informação, é impossível se isolar do comércio internacional.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Coletivo Político x Partido Político - Reflexão que fiz e leio todos os dias

Ontem, Graças a Deus, tive mais um excelente dia, um dia muito especial comigo mesmo, com a família e com meu trabalho... Engraçado eu, desde quando acordei, aos meus 39 anos (mais próximo dos 40), já percebi que estava meio sonhando acordado, meio acordado sonhando e assim passei, o dia todo conversando comigo mesmo.

 ABRE ASPAS:

E se eu não estivesse tão realizado com a minha profissão e com a empresa em que trabalho, o que será que eu buscaria como novo desafio, como nova meta a alcançar ?”
O mais engraçado é que a resposta veio imediatamente: “acho que eu tentaria ser um governante, ou talvez, um bom político, PORÉM com as seguintes exigências:
       Cidade: Cerquilho;
       Partido (POLÍTICO): nenhum;
       Partido (REAL): o da defesa do bem comum dos cidadãos, ou seja, dos trabalhadores, dos empregados, dos empresários, dos servidores, dos desempregados, dos bebês, das crianças, dos adolescentes, dos idosos, do crescimento e desenvolvimento coletivo, da educação, da saúde, do meio ambiente, da segurança, da cidadania....;
       Remuneração: aquilo que meus patrões, os cidadãos, resolvessem me conceder, pelo direito que adquiri pela apresentação e cumprimento do plano de metas.
FECHA ASPAS

Foi aí que percebi que realmente estava sonhando, tudo não passava de um sonho.

No entanto, POLÍTICOS, fiquem à vontade para fazer uso deste sonho que foi meu, porém de uma realidade que pode ser nossa.

E como engenheiro que sou, não contente, continuei a pensar neste meu sonho, se haveria alguma equação ou origem científica para o mesmo. E sabe que percebi que economicamente poderíamos justificar a não existência de um PARTIDO político? Pois um partido defende interesses e posições de uma parte, de parte dos cidadãos. Lembrando que Economia é a Ciência Social que estuda as transações com dinheiro entre os sistemas financeiros e produtivos para gerar Crescimento Econômico.

O que deveria existir, então, é o COLETIVO político.

Acompanhem comigo: sobre a riqueza de um país, “há cinco meios para obter a riqueza (segundo Pratt): Fazer, Comprar, Achar, Receber em Dádiva e Roubar... a ciência que trata da riqueza se limita a Fazer e Comprar.” Fazer significa Produzir e Comprar é Consumir, é investir para obter lucro no futuro.

Para Produzir, os Fatores de Produção são:
       Terra, Matéria Prima, Recursos Naturais
       Trabalho, Mão-de-Obra
       Capital Físico, Instalações e Equipamentos em Geral

Temos acima como fatores de produção os recursos ou capitais naturais, os capitais humanos e os capitais físicos e/ou materiais. Assim incorporam-se como fatores o meio ambiente, os cidadãos, os trabalhadores e o investimento empresarial, os empresários, reforçando o ideal do COLETIVO político.

E como resultado de Produzir temos a Renda, que é todo dinheiro resultante da produção e da venda de um produto ou serviço, sendo repartida (ao menos deveria ser), caracterizando a distribuição da renda, cabendo:
       à terra: renda;
       ao trabalhador: salário;
       à empresa: lucros;
       ao estado: impostos;
       ao capital: juros.

Temos acima os elementos de repartição da Renda Nacional, reforçando novamente o ideal do COLETIVO político. Pois a renda deveria ser interesse e distribuída a todos da nação, aos cidadãos, às empresas, ao estado, à terra e ao capital. Com o capital, deveríamos fazer capitalização, formar novos capitais, investir em novos bens de produção, equipamentos, instalações e outros, criando novos ciclos de produção.

Sob a ótica do PIB, o Produto Interno Bruto, temos a soma dos bens e serviços produzidos durante o ano no país, o qual representa toda a riqueza do país. Agora posso recorrer a uma equação econômica, ou melhor, à identidade econômica do desenvolvimento, (PIB) = C + I + G + X - M  +- Rl, onde:
       (C) = Gastos pessoais em consumo, os quais representam o maior componente do PIB;
       (G) = Gastos do governo em bens e serviços para construção de estradas, ferrovias, hidrovias, servidores públicos, educação e saúde para a população, para o COLETIVO, para os cidadãos;
       (I) = Investimento privado nacional, nos bens de capital fundamentais para a produção, sendo as Edificações e Plantas industriais, os Equipamentos e as Variações no estoque;
       (X) = Exportações de bens e serviços;
       (M) = Importações de bens e serviços;
       (Rl) = Renda líquida exterior, resultado entre as transferências de renda de estrangeiros no Brasil e enviadas ao exterior e de rendas obtidas por brasileiros no exterior e enviadas ao Brasil.

Por que identidade e não equação? Por que as variáveis acima são extremamente vinculadas, não há como analisa-las de forma isolada. Simplificando, o que move a economia é o Investimento, o investimento empresarial. No entanto, somente haverá investimento empresarial se houver consumo, ou ao menos, perspectiva de consumo.

E somente haverá consumo e investimento se o Governo tiver gastos vinculados a estimular o consumo e o investimento empresarial, com uma Política Monetária adequada, fazendo “vazar” dinheiro da esfera Financeira para a Produtiva. Assim, de forma simplista, mais uma vez reforçamos o ideal do COLETIVO político.

E o desenvolvimento econômico “puxa”, ele demanda por investimento em Educação, e em mão-de-obra qualificada e em Saúde. E segundo o Jorge Brovetto, no livro “O Desafio Continental”, o que define a riqueza de uma nação, de um negócio, de uma família, é o capital humano, são as pessoas.

Em números, mais de 60% da riqueza de uma nação provém do Capital Humano, menos de 20% do Capital Natural e menos de 20% do Capital Físico, dos bens de produção. O capital humano é o principal fator a se investir para que países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento possam crescer de maneira sistemática e sustentada!


Conclusão: agora estou um pouco mais satisfeito, pois meu sonho pode, de fato, ser nossa realidade (por mais distante que esteja de ser realizado)

Confiabilidade das Instalações e Equipamentos e Aumento da Capacidade Produtiva

(Do meu antigo blog, esta é a única postagem, de 2012, que resolvi deixar para este novo propósito)

Um dos principais indicadores de desempenho da área fabril de uma empresa é a Capacidade Produtiva. Conhecer e gerenciar este indicador é fundamental para a tomada de decisões estratégicas da empresa. Qualquer decisão, seja de finanças, compras, marketing, vendas, logística, entre outras, afetam ou são afetadas pela Capacidade Produtiva.

Só que antes de definirmos a Capacidade Produtiva, precisamos lançar mão de outro indicador que relaciona as variáveis tempo, qualidade e taxa de produção de um processo.

Cada indicador tem sua metodologia de coleta de dados, cálculo e representação, como os internacionalmente conhecidos OEE e UPtime; neste artigo vamos utilizaremos o UPtime.

Podemos definir UPtime como o tempo equivalente em que um equipamento, instalação ou sistema produtivo pode operar de forma segura, com a mais alta qualidade e na mais alta taxa de produção, conforme ilustração abaixo.


Desta forma, podemos definir Capacidade Produtiva como sendo o produto do UPtime pela Máxima Taxa Demonstrada de produção.

Portanto, se considerarmos que a Máxima Taxa Demonstrada de um processo produtivo já é conhecida e estabelecida, qualquer alteração no UPtime afetará diretamente a Capacidade Produtiva.

E qual a importância das instalações e equipamentos, ou melhor, da Confiabilidade das instalações e equipamentos para o UPtime ?

Basta uma sutil observação na ilustração acima para perceber que uma simples parada ou o baixo desempenho das instalações e equipamentos afetarão o UPtime; primeiramente as Paradas não Programadas, afetando também as Perdas por Qualidade e Rendimento, por Transição, por Processo e as Paradas Não Programadas, de acordo com a particularidade de cada processo produtivo.

Assim, na concepção da instalação ou equipamento, na fase do projeto, e durante todo o ciclo de vida, na operação e manutenção, a função Confiabilidade precisa ser muito bem equacionada e controlada.

No projeto, com correto dimensionamento, considerando todas as prescrições normativas aplicáveis, a especificação e a escolha dos materiais e tecnologia adequados, assim como a execução, o comissionamento e startup do projeto, sempre realizados por profissionais qualificados e habilitados.

Durante a operação e manutenção, temos desde simples rotinas de inspeção sensitiva através de check-lists, até o planejamento da manutenção preventiva e preditiva, como ferramentas para coleta de dados de desempenho, análise de falhas, causas e efeitos.

Enfim, com o planejamento e execução das atividades para reduzir as Paradas não Programadas, aumenta-se a disponibilidade dos equipamentos e instalações ao processo produtivo, aumentando o UPtime. É a Confiabilidade durante todo o ciclo de vida das instalações e equipamentos proporcionando o aumento da Capacidade Produtiva.

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