terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Marketing Estratégico - CONSUMISMO: Realidade, nua e crua (Vídeo: A História das Coisas (versão brasileira))

O "Triple Bottom Line" ou o Tripé da Sustentabilidade ("SustainAbility" - termo criado pelo sociólogo e economista John Elkington em 1987) deve estar intrinsecamente enraizado na mente dos gestores dos setores públicos e privados mundiais. Desenvolvimento sustentável significa desenvolvimento econômico, social e ambiental, concomitantemente, de forma integrada.
Não podemos mais permitir a existência de um dos parâmetros de desenvolvimento sem os dois demais. Há urgência na mudança cultural da Gestão Estratégica em termos mundiais, pois nos fundamentar apenas em produtividade e lucratividade como resultado econômico do desenvolvimento (de interesse dos acionistas e proprietários, "Single Bottom Line"), nos levará ao caos, quiçá ao extermínio.
Aqui entra o Marketing Estratégico, para conduzir o processo de definição dos mercados de referência, de segmentação de mercado, de análise de atratividade do mercado potencial com a implantação do marketing integrado (4Ps), de análise da competitividade e seleção da estratégia de desenvolvimento, dentre outras atividades, finalizando com a ação de Implementação do Plano e Controle pelo Marketing Operacional (dimensão de ação do Marketing).
O Marketing Estratégico é vital para desenhar e conduzir este processo de alta criticidade, o qual acredito que deve ser realimentado com ajustes e melhorias contínuas e cíclicas, tantas vezes quanto forem necessárias, até quando, não sei ... talvez até o término do ciclo de vida dos produtos ou serviços identificados nas etapas estratégicas.
Assim se faz o processo de marketing propriamente dito, com suas dimensões estratégicas e operacionais bem definidas, o que certamente mudará esta percepção de desprezo pelo consumidor, de marketing como mecanismo de domesticação, de que tudo é marketing, em detrimento do meio ambiente e da sociedade.
Diferentemente do marketing político, "fazer marketing é o oposto de enganar, maquiar, forçar, ou iludir. Torna-se, assim, indispensável para o profissional que atua nesta área um conhecimento aprofundado da sociologia, da economia, da antropologia, da psicologia e até mesmo da filosofia" (BORGES, Admir. Tudo é marketing? Disponível em <http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Tudo_e_marketing.htm>).

Concluindo, com alguns fatos apontados no vídeo abaixo: nos últimos 10 anos destruímos aproximadamente 30% dos recursos naturais do nosso planeta... 99% dos produtos consumidos nos EUA são destinados ao lixo antes de 6 meses de vida...obsolescência programada! 
Assim, haja planetas e galáxias habitáveis para sustentar nossa humanidade de consumo desenfreado !



Este vídeo é parte integrante do material complementar da disciplina Marketing Estratégico do MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais, da FGV,  e ilustra perfeitamente o cenário deste artigo.

Uma ótima semana a todos!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Engenharia de Aplicação - Workshop Novas Tecnologias em Lubrificação - VALE Mineradora - Pará

Apresentação Engenharia de Aplicação - Workshop VALE, Pará

Esta é uma das apresentações elaboradas e apresentadas por mim no Workshop de Vendas da LUPUS realizado empresa VALE, no Pará, onde foram apresentadas metodologias e soluções de lubrificação e abastecimento envolvendo o catálogo de produtos e serviços da LUPUS Equipamentos de Lubrificação e Abastecimento.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

MBA FGV - Apresentação International Business Plan - Fase Estratégica

MBA FGV - Apresentação International Business Plan - Fase Estratégica

Ao decidir ir para o mercado colombiano a LUPUS-EXPORT, precisou definir os objetivos e políticas de investimentos neste mercado com a finalidade de exportar de forma segura e com excelência no atendimento.

A orientação administrativa da LUPUS-EXPORT é Etnocêntrica, de origem brasileira, o produto é um kit denominado Sistema Inteligente de Transferência (abastecimento) de Óleo Lubrificante à Granel para uso em motores veiculares à combustão, sendo duas opções de kit. Durante o processo de análise a ser detalhado neste trabalho, foi identificado um mercado potencial na Colômbia para este tipo de produto.

O produto LUPUS-EXPORT na Colômbia é comumente comercializado nos diversos ramos dos setores econômicos (primário, secundário e terciário): Usinas de Açúcar e Álcool, Indústrias Agrícolas, Refinarias de Distribuidoras de Óleo Lubrificante, Mineradoras, Indústria Automotiva, Concessionárias de automóveis e Centros Automotivos (Autocenters), Postos de Serviços, Empresas de Transporte Urbano, Empresas de Transporte de Cargas e demais segmentos.

A operação será executada em três etapas distintas. A primeira etapa envolverá o processo de importação de alguns componentes e insumos que farão parte do produto acabado. A LUPUS-EXPORT vai utilizar o Regime Aduaneiro Especial de Drawback para eliminar cargas tributárias nas importações, e desta forma oferecer ao mercado colombiano um preço mais competitivo.

A segunda etapa será a configuração do kit e preparação para montagem “plug & play”, desenvolvimento de manuais e embalagem na LUPUS-EXPORT.


A terceira etapa envolve a exportação do produto acabado tentando utilizar uma logística mais enxuta, apesar de ter um sistema logístico de rota não tão fácil para acesso à Colômbia, tanto no modal aéreo quanto no modal Marítimo, com transbordos, etc.

Em nossa estratégia de distribuição dos produtos na Colômbia optaremos por elaborar um contrato de exclusividade com uma trading colombiana, a qual passará por todos os treinamentos necessários com o objetivo de representar a empresa na Colômbia, inclusive para treinar os instaladores do kit “plug & play”.

A entrega dos produtos aos clientes, baseado na dosagem certa, nas datas certas e com preços competitivos serão nossos maiores desafios operacionais.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Soluções para Controle e Gestão de Abastecimento como fator diferencial competitivo

Soluções para controle e gestão de abastecimento, soluções para o controle de frotas e a integração destes sistemas com sistemas corporativos DMS e ERP são mais que uma tendência, podemos dizer que são elementos essenciais para as empresas nacionais se tornarem competitivas nos dias de hoje.

E ser competitivo nesta era da globalidade, nesta fase pós-globalização, significa ser competitivo internacionalmente. Isso implica em otimização de custos, excelência operacional, gestão integrada da qualidade, gestão integrada da cadeia de suprimentos, excelência em pós-venda, pós-venda estratégico, entre outros inúmeros fatores de extrema importância.

Neste artigo comentarei sobre fatores que relacionam o Sistema de Controle e Gestão de Abastecimento como elemento chave para a melhoria contínua da competitividade.
As aplicações são ilimitadas e envolvem os ramos primário, secundário e terciário dos setores econômicos nacionais e internacionais, em Usinas de Açúcar e Álcool, Indústrias Agrícolas, Refinarias, Mineradoras, Indústria Automotiva, Concessionárias de automóveis e Centros Automotivos, Postos de Serviços, Empresas de Transporte Urbano e Empresas de Transporte de Cargas, entre outras indústrias.

PRINCIPAIS PROBLEMAS NO ABASTECIMENTO MANUAL: DESPERDÍCIO
  • Derramamento de óleo durante a retirada do tambor de armazenamento;
  • Derramamento de óleo enquanto se mede a quantidade a ser abastecida;
  • Derramamento de óleo durante o abastecimento do veículo ou máquina;
  • Erros no volume de óleo abastecido.

Estudos realizados na Europa estimam que considerando apenas as perdas citadas acima, são desperdiçados, em média, 3% de óleo com abastecimento manual. E no Brasil, quando será esta perda?

PRINCIPAIS PROBLEMAS NO ABASTECIMENTO MANUAL: CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

De acordo com alguns estudos da EPA (Environement Protection Agency), cada litro de óleo pode contaminar 50.000 litros de água dos lençóis freáticos.

Os resíduos sólidos como tecidos, estopa e outros, utilizados para “limpar” o óleo derramado, geralmente são jogados no lixo e seguem para o aterro sanitário. 

Quando chove, além do óleo já derramado, a água da chuva leva o óleo absorvido pelos “tecidos” ao solo, o qual acaba penetrando nos lençóis freáticos.

Considerando o óleo em frascos de um litro, seus múltiplos e submúltiplos, comumente utilizados em Centros Automotivos e nas Concessionárias, o óleo que sobra no frasco é geralmente levado pelo cliente... E o destino do frasco com resíduos é o lixo, o mesmo lixo que segue para o aterro sanitário e acaba contaminando o lençol freático.

PRINCIPAIS PROBLEMAS NO ABASTECIMENTO MANUAL: TEMPO

Em cada troca de óleo em Centros Automotivos em Concessionárias que ainda utilizam frascos, o operador precisa sair da oficina, ir ao estoque, e solicitar os frascos de óleo, aguardar a chegada dos frascos, retornar à oficina, abrir os frascos, ir ao veículo e tentar abastecer a quantidade correta.

Assim, também com base em estudos realizados na Europa, estima-se que esta operação pode ter uma duração de até 20 minutos. E no Brasil, quanto demoraria?

Para fins comparativos, em uma concessionária com Sistema de Controle e Gestão de Abastecimento, o processo não chega a um minuto de duração.

EXEMPLO PRÁTICO - considerando uma concessionária de veículos leves e com poucas operações de troca de óleo:

  • quantidade de trocas por dia: 24 trocas/dia
  • desperdício de óleo por dia: 2 L/dia
  • tempo máximo perdido por dia: 480 minutos, ou 8 horas, um turno inteiro de um mecânico por dia
  • potencial de contaminação do lençol freático por dia: 100.000L de água contaminada por dia
Como exercício: experimentem fazer as contas por mês (22 dias).

Agora que já temos subsídios para avaliar os benefícios que um Sistema de Gestão e Controle de Lubrificação e Abastecimento podem trazer, existem alguns sistemas mundialmente comprovados e reconhecidos, com opções de infra estrutura de comunicação via cabeamento estruturado (via cabo) ou wireless (sem fio).


Ilustração de Oficina com Sistema de Controle e Gestão de Abastecimento, cabeamento estruturado, SAMOA

Ilustração de Sistema de Controle e Gestão de Abastecimento, cabeamento estruturado, PIUSI

Ilustração de Oficina com Sistema de Controle e Gestão de Abastecimento, wireless, GRACO


BENEFÍCIOS DOS SISTEMAS DE CONTROLE E GESTÃO DE ABASTECIMENTO

       Alavancagem Operacional e Financeira
       otimização da utilização do tempo e redução de desperdícios;
       evita falhas no inventário e permite abastecimentos precisos;
       Redução do passivo ambiental;
       Rápido retorno de investimento;
       Gestão Integrada com Sistemas DMS e ERP;
       Controle de acesso dos operadores aos pontos de Abastecimento;
       Registro de todas as transações, ordem de serviço, identificação do veículo (placa, quilometragem, horas), data, hora, tipo de fluido, quantidade;
       Controle do Estoque e Inventário de fluídos;
       Geração e Exportação de relatórios;
       Outras características adicionais.

No entanto, o processo de identificação e desenvolvimento da solução que melhor atende cada caso, cada instalação, com suas particularidades de infraestrutura, operacionais e de gestão corporativa, deve ser criteriosamente elaborado e gerenciado por profissionais qualificados e habilitados. 

Resposta do exercício (528 trocas, 44 L, 01 mês, 2.200.000 L)

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Sugestão de Fluxograma de Processo para Soluções e Projetos Especiais de Lubrificação e Abastecimento

Hoje vou ilustrar uma sugestão fluxograma de processo para o desenvolvimento de Soluções e Projetos Especiais envolvendo Sistemas de Lubrificação e Abastecimento, com Sistemas de Controle e Gestão de Abastecimento, mais comumente comercializadas nos ramos dos setores econômicos (primário, secundário e terciário) conforme segue abaixo:
  • Usinas de Açúcar e Álcool
  • Indústrias Agrícolas
  • Refinarias
  • Mineradoras
  • Indústrias Automotivas
  • Concessionárias de automóveis e Centros Automotivos (Autocenters)
  • Postos de Serviços
  • Empresas de Transporte Urbano
  • Empresas de Transporte de Cargas
  • Indústrias em Geral

O processo deve ser gerenciado pela empresa responsável pela Comercialização de Equipamentos e Soluções, a qual também deverá realizar a gestão de contratos de prestação de serviços das empresas de Instalação e Montagem Industrial.

O processo se inicia com a visita do Representante Comercial da empresa comercializadora de equipamentos e soluções ao local das instalações, com o intuito de coletar todas informações referentes ao local, tipos de fluido, necessidades do cliente, bem como fazer um levantamento preliminar dos possíveis equipamentos a serem utilizados nas instalações, utilizando como base um documento, Check List – Visita Técnica.

Este conjunto de informações e documento é então encaminhado ao Departamento Comercial da empresa, o qual juntamente com o Departamento Técnico irá elaborar o Projeto Conceitual. Ao Projeto Conceitual é então anexado um documento com as Recomendações e Padrão de Instalação e enviado à empresa prestadora de Serviços de Instalação e Montagem Industrial para levantamento de materiais e mão de obra.

Assim, o Departamento Comercial elabora a Proposta Técnico-Comercial, contemplando todos os equipamentos (hardware e software), materiais e mão de obra. Em soluções e projetos especiais de grande porte, seja devido às dimensões, à quantidade de pontos ou à presença de Sistema de Gestão e Controle de Lubrificação e Abastecimento, é importante agendar nesta fase uma visita ao canteiro de obra ou às instalações do cliente.

Sendo aprovada a Proposta Técnico-Comercial, deverá ser programado o início das instalações juntamente ao Cliente, coordenado através do cronograma físico-financeiro da solução.

Ao término das instalações, a empresa de Instalação e Montagem deve preencher o documento Check List Aceitação das Instalações e enviar ao Departamento Comercial para análise. Não havendo nenhum impedimento, realiza-se o agendamento da Entrega Técnica.

A Entrega Técnica é realizada pelo Departamento Técnico da empresa comercializadora e documentada no Check List Entrega Técnica, cujas atividades principais são: inspeção visual das instalações, comissionamento, startup, medições e testes, treinamento, entrega de documentos, aprovação e coleta de assinaturas.

sábado, 18 de outubro de 2014

CDCTLA – Centro de Desenvolvimento de Competências em Tecnologia de Lubrificação e Abastecimento

Neste artigo compartilharei as premissas que apresentei a uma empresa familiar nacional em processo de internacionalização, para a criação de um Centro de Desenvolvimento de Competências em Tecnologia de Lubrificação e Abastecimento CDCTLA.

O Centro de Desenvolvimento de Competências terá como visão criar uma base sólida de conhecimentos necessários para a identificação de necessidades e oportunidades para a implantação de novas tecnologias em lubrificação e abastecimento. O CDCTLA também irá fornecer subsídios para o desenvolvimento das habilidades e atitudes fundamentais para a criação das competências essenciais que viabilizarão o desenvolvimento de soluções utilizando novas tecnologias e equipamentos de alto desempenho e eficácia em lubrificação e abastecimento.

Atualmente existem no Brasil renomadas empresas que ministram cursos de lubrificação, porém com o foco na seleção e nos métodos e aplicação dos lubrificantes, oferecendo também com módulos de certificação internacional. Podemos citar, dentre estas empresas: SIL, NORIA, ABRAMAN, IBP, ABMEC, ASM e TECNOLASS.

Também foram analisados um curso on-line, do Portal Educação e outro curso in-company, com compra on-line, da Cauax, sendo observada uma disparidade muito grande entre todas estas modalidades acima quanto aos objetivos, conteúdo, público alvo, e preço final.

O diferencial do CDCTLA será o provimento de conhecimentos necessários para a identificação de necessidades e oportunidades para a implantação e o gerenciamento do ciclo de melhoria contínua de soluções que utilizam novas tecnologias e equipamentos de alto desempenho e eficácia em lubrificação e abastecimento. Os cursos voltados à seleção e métodos de aplicação de lubrificantes são apenas parte do escopo do CDCTLA. Trata-se de um processo, ao qual será citado abaixo, no qual o conteúdo dos treinamentos abrangerá:

  • principais fundamentos de lubrificação e questões ambientais;
  • cases e impactos financeiros;
  • novas tecnologias em lubrificação e abastecimento;
  • dimensionamento e seleção de equipamentos;
  • desenvolvimento de soluções de controle e gestão de lubrificação e abastecimento;
  • identificação e implantação de um modelo de gestão de competências, como subsídio para o desenvolvimento das competências essenciais.
  
1.      Visão do CDCTLA

O ponto de partida é o comprometimento e o relacionamento a longo prazo com os clientes e demais stakeholders do negócio. Assim possibilita-se a criação de um processo de transferência de conhecimentos específicos, além dos subsídios para o desenvolvimento de competências essenciais. A Visão CDCTLA é fornecer uma completa gama de serviços e criar uma base sólida para a identificação de necessidades e oportunidades para o desenvolvimento e implantação de um ciclo de melhoria contínua através de soluções, novas tecnologias e equipamentos de alto desempenho e eficácia em lubrificação e abastecimento.

A meta é garantir a qualidade total e a sustentabilidade das soluções, a maior disponibilidade global das máquinas e equipamentos dos clientes, os menores índices de contaminação, os menores custos de operação e manutenção, com sustentabilidade ambiental, que superem as expectativas dos clientes e stakeholders do negócio com a implantação do CDCTLA.



2.      Missão CDCTLA

Utilizar metodologias e recursos, nacional e internacionalmente comprovados, para suprir os recursos humanos, processos e empresas (“stakeholders”) integrados à Cadeia de Valor do negócio com informações, conhecimento e serviços. Viabilizar, assim, a implantação e o gerenciamento do ciclo de melhoria contínua de soluções que utilizam novas tecnologias e equipamentos de alto desempenho e eficácia em lubrificação e abastecimento.

Será utilizada uma adaptação do programa Total Lubrication Management – TLM e soluções da TRICO como referência para sustentação da metodologia CDCTLA.


3.      Clientes
3.1.   Segmentação
3.1.1.     Postos de serviço
3.1.2.     Concessionárias de automóveis
3.1.3.     Indústria automotiva
3.1.4.     Transportadoras
3.1.5.     Empresas de Ônibus
3.1.6.     Mineradoras
3.1.7.     Usinas
3.1.8.     Outras indústrias

4.      Meios de distribuição, volumes de negócios

No que diz respeito principalmente aos estágios I e II do programa TLM ilustrado na figura acima, será utilizado como meio de distribuição o transporte aéreo. Quanto aos equipamentos e materiais utilizados no estágio III, será estruturada uma cadeia de fornecimento que atenda com a maior eficácia possível o cliente onde serão implantadas as soluções e novas tecnologias.

A estratégia será utilizar os serviços CDCTLA para criar a cultura TLM, alavancar novos mercados e clientes, concomitante ao aumento das fontes de receita com novos serviços, além de criar um ciclo contínuo de vendas.

O volume de negócios ainda não tinha sido projetado, no entanto devido a alguns retornos informais sobre a demanda destes serviços, principalmente em Mineradoras, Indústrias de Médio e Grande porte e Usinas de Açúcar e Álcool, a expectativa é de um ciclo contínuo de negócios cuja projeção precisa ser cuidadosamente detalhada.


5.      Posicionamento Estratégico

O posicionamento estratégico CDCTLA será a diferenciação pelos serviços agregados dentro da cadeia de valor expandida, aliado a custos atrativos ao mercado de lubrificação e abastecimento, principalmente em Mineradoras, Indústrias de Médio e Grande porte e Usinas de Açúcar e Álcool, estabelecendo parcerias estratégicas com as empresas nacionais e internacionais que ministram cursos de lubrificação, inclusive oferecendo os módulos de certificação internacional.

O CDCTLA tem basicamente 3 funções táticas dentro da estratégia corporativa do negócio onde o CDCTLA será implantado:
  • Captar potenciais clientes previamente prospectados, através da transferência de conhecimento;
  • Capacitar e aculturar clientes existentes em novas tecnologias, dimensionamento de redes e aplicação de equipamentos e soluções de lubrificação e abastecimento;
  • Criar um ciclo contínuo de vendas e novos negócios nacionais e internacionais.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Eu, Fábio Dal Poz, e a águia

A águia possui um o olhar penetrante, seus olhos enxergam oito vezes mais que os olhos humanos, consegue praticamente dominar e controlar tudo porque possui força, determinação e sua cabeça gira 180 graus.
No entanto, aos 40 anos, a águia começa um doloroso processo de renovação, de transformação, estando após alguns meses pronta e livre para novos voos.
Ser águia é ter visão, força, coragem, o chamado do infinito, a natureza de águia que sempre a leva às alturas, sempre em direção ao sol, com motivação, perseverança e determinação.
Ser águia é estar sempre disposto a buscar a melhor visão em cada situação, a voar alto, a ampliar os horizontes e não ter medo de mudar o que seja necessário, independente do esforço, pois acreditar e ter coragem pode ser sempre o início de um novo voo e, quem sabe, o melhor voo da vida.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Business Case: Identificação de Oportunidades de Alavancagem Financeira e Operacional

Este artigo tem como objetivo compartilhar uma metodologia simplificada que foi customizada para identificar oportunidades de Alavancagem Financeira e Operacional de uma empresa nacional de médio porte. O objetivo: otimizar a competitividade a um nível satisfatório para a empresa superar os principais desafios da atualidade no cenário internacional, na era da globalidade.
O produto final, o resultado da aplicação desta metodologia é o levantamento das oportunidades de melhorias e o planejamento de soluções para as oportunidades que tiverem maior representatividade (utilizando VPL por exemplo), para potencializar a competitividade atual e futura da empresa.

Foram encontradas oportunidades de melhorias em temas importantes e condicionantes da competitividade nos negócios internacionais, sendo:
  • estratégias de empresas e gestão por processos;
  • gestão de competências;
  • logística internacional;
  • regulação do comércio internacional;
  • operações de câmbio;
  • tributação no comércio exterior;
  • economia internacional;
  • finanças internacionais;
  • gestão de operações de importação e exportação.

METODOLOGIA ADOTADA - EMBASAMENTO TEÓRICO

O trabalho foi desenvolvido utilizando alguns conceitos para formulação da estratégia nas organizações, mesclando os conhecimentos das 10 diferentes escolas de pensamento estratégico, (SAFARI DA ESTRATÉGIA, de H. Mintzberg – B. Ahlstrand – J. Lampel). Pois quando se fala em estratégia, existem vários caminhos passíveis de serem trilhados segundo os contextos em que a empresa está inserida.

Então, utilizando de alguns dos conceitos de planejamento estratégico, utilizados de forma conjunta, foi desenvolvida uma metodologia customizada que poderá se modificar ao longo do tempo, com a evolução da empresa. "O mais importante é a percepção das opções existentes e a tomada de decisão estratégica fincada em uma base segura e consciente das possibilidades e manobras necessárias, conforme as condições vigentes naquele momento e contexto" (PARIS, Wanderson S.; ZAGONEL, Evaldo).
Podemos resumir o desenvolvimento do trabalho em 5 etapas distintas a seguir, cumprindo-se observar que na segunda etapa, Aplicação da Metodologia, através da análise do cenário atual, foram identificadas algumas oportunidades imediatas e estratégias emergentes. E após isso o trabalho seguiu com o que poderíamos denominar de planejamento estratégico futuro, para representar a consolidação estratégica da empresa.

1.    Metodologia Adotada - Embasamento Teórico;

1.1.  Análise do Posicionamento Competitivo da empresa - Conceitos de Modelagem Estragética

1.2.  Implantação através de Gestão por Projetos

1.3.  Distribuição dos Temas como Projetos de Melhoria por processo, por departamento envolvido

1.4.  Monitoramento e Controle através do sistema de avaliação de desempenho empresarial BSC (Balanced Scorecard).

2.    Desenvolvimento do Trabalho - Aplicação da Metodologia;

2.1.  Análise do Posicionamento Competitivo da empresa

2.1.1.     Revisão e Consolidação da Estratégia Atual

2.1.2.     Cenário Atual - Identificação de Oportunidades Imediatas: Estratégias Emergentes no Microambiente

2.1.3.     Identificação de Equipes de Melhoria, de acordo com processo, departamento envolvido, para Implantação dos Projetos decorrentes das estratégias emergentes:

2.1.3.1.         Gestão por Processos
2.1.3.1.1.             Avaliação de Riscos, Avaliação de Viabilidade de Projetos e identificação de investimentos de agregação de valor (VPL), Custo de Oportunidade

2.1.3.2.         Internacionalização da empresa
2.1.3.2.1.             Estudo de estratégicas de internacionalização: filial no USA, exportação para países do MERCOSUL e outros através de acordos bilaterais

2.1.3.3.         Supply Chain Management - Logística Integrada

2.1.3.4.         Incoterms, custos e seguros

2.1.3.5.         Regimes Aduaneiros, Trânsito Aduaneiro, Admissão Temporária e Drawback

2.1.3.6.         Modalidades de Contratação de Câmbio

2.1.3.7.         Oportunidades de Negócio com a Desregulamentação Cambial (constituição de disponibilidades no exterior, investimentos no exterior, ao exterior - filial Miami, Alíquotas Tributárias e Taxas de Juros)

2.1.3.8.         Imposto de Importação, Ex-tarifários, Lista de Bens sem similar nacional x NCM x Impostos

2.1.3.9.         Casos de não incidência de impostos, Isenções e Reduções, objetos de troca e perdimento

2.1.3.10.      OMC, Acesso a Mercados, Cláusula NMF e Exceções (SGP), oportunidades com proposta de Livre Comércio MERCOSUL-EU, Acordos sobre o comércio de bens

2.1.3.11.      Métodos de Pagamento

2.1.3.12.      Blocos Econômicos, Protecionismo, Direito Econômico

2.1.3.13.      Utilização de Mercados Monetários Internacionais

2.1.3.14.      Financiamento do Comércio Internacional

2.2.  Planejamento Estratégico Futuro

2.3.  Resultados - identificação dos temas de maior representatividade na melhoria da competitividade da empresa

3.    Implantação através de Gestão por Projetos;

4.    Estabelecimento das Metas Esperadas;

5.  Monitoramento e Controle através do sistema de avaliação de desempenho empresarial BSC (Balanced Scorecard).

domingo, 27 de julho de 2014

A Divina Misericórdia através da meditação e oração

Queridos! Para finalizarmos o domingo e iniciarmos uma nova semana, a melhor semana, quero convidá-los a refletir sobre o poder da meditação, da oração e da Misericórdia Divina em nós.

Deus é Misericordioso e através de sua Divina Misericórdia nos dá tudo o que precisamos para a nossa conversão e salvação, bem como dos nossos. Deus nos ama muito, não criou vermes nem doenças, bem como não quer o sofrimento de nenhum de seus filhos. Muitos sofrimentos surgem da alma e do espirito doentios, surgem das coisas do mundo e do mal que nos rodeia. 

Em um acampamento de oração da Canção Nova neste mês, o abençoado Pe. Roger, em mais uma daquelas suas pregações, deixou bem claro que vivemos indiferentes ao lixo, estamos acostumados a ouvir lixo, a ver lixo, a comer lixo, a conviver com o lixo, a dormir com o lixo, a acordar com o lixo... O lixo, aquilo que é ruim, o mal, não podem ser considerados normais, tratados com indiferença. Devemos aprender a tratar o lixo como lixo e a fazer uma reciclagem diária, e isso é difícil, pelo menos no início, porém basta começar. Eu, aos 39 anos, estou quase aprendendo...

Em um de seus vídeos, o psiquiatra Dr. Wilson Gonzaga nos explica que tudo o que existe realmente, só existe porque foi pensado antes. Assim também é a nossa alegria e a nossa tristeza. Se tivermos uma tristeza, um sofrimento, podemos e devemos dispensá-los e “des-pensá-los”, ou seja, tirá-los do nosso pensamento. Sabendo que a maior fonte de sofrimento é o fato de nossa mente estar quase sempre no passado ou no futuro, é estarmos sempre pós-ocupados ou preocupados, para “des-pensar”, para descartar o lixo, é necessário viver estritamente o presente, o hoje, o agora, o instante, o milésimo de segundo presente.

Assim, o nosso pensamento assumirá o controle e a dirigibilidade da nossa vontade, fazendo com que sejamos capazes de dirigir nossa vontade e ficar somente com aquilo que é bom. Pois o cérebro e o corpo reagem quimicamente e fisiologicamente conforme nosso pensamento, nos preparando para agir conforme pensamos, a concretizar aquilo que pensamos. 

Precisamos nos exercitar para estarmos sempre tranquilos, pois “pensamentos tranquilos trazem tranquilidade para o corpo, e o corpo se torna saudável”. E para termos pensamentos tranquilos, o Dr. Wilson nos receita a meditação, como uma forma de deixar a cabeça vazia. Enquanto o ditado popular diz que cabeça vazia é oficina do diabo, ele nos confirma que “cabeça vazia é receptáculo de Deus”, pois a mente vazia, ou melhor, quieta, induz a pensamentos controlados. 

E desta forma, com a mente quieta, através da oração teremos um encontro pessoal com Deus, O qual está em nós, dentro de cada um de nós, nos fazendo sentir a cada momento, por mais difícil que este seja, quão grande é a Sua Divina Misericórdia! Precisamos estar atentos, pois vivemos na era da superficialidade, na era do imediatismo, em todos os sentidos. Porque alcançar a Misericórdia Divina, assim como tudo na vida, envolve um processo contínuo, continuado, de: pensar, desejar, buscar, planejar, agir, seguir e perseverar.

A Misericórdia Divina transforma a dor no prazer da esperança, o ódio em amor, a tristeza na mais plena felicidade de nos sentirmos, a cada e a todo momento, carregados no colo do Salvador, Aquele que é Pai, Filho e Espirito Santo. Amém! 

Deus te ama e eu também! Boa Semana a todos!

Homenagem à nossa filha Larissa

Esta é uma homenagem que fiz à minha filha Larissa em março deste ano, quando recebemos a notícia que ela tinha sido aprovada para ingressar no 4º ano do ensino fundamental do SESI, 15 candidatos e uma única vaga... orgulho do pai, garota muito dedicada. Segue abaixo o texto da homenagem:

"Queridíssima filha Larissa F. Dal Poz, o papai, a mamãe Elaine e o maninho Arthur estamos super orgulhosos de você, 15 candidatos para 01 única vaga, você foi super bem na prova e hoje recebeu a recompensa pelo seu esforço e dedicação... Primeiro dia de aula no SESI, PARABÉNS !!!

Continue assim, o Estudo tem o Poder de Transformar e de nos Conduzir Rumo a nossos Objetivos!

Sempre com honestidade, humildade, ética, muuuuuuuuito esforço, FÉ e obediência a DEUS! Nossa Senhora, São Miguel e São Bento estão com você, estão em você...Consagrados... é muita emoção !

E quanto aos amigos e professores da Lavinia, lembre-se: Só se tem Saudades do que é Bom...

A M A M O S VOCÊ, nossa princesa, nosso anjo ...nosso tudo !!! "

sexta-feira, 25 de julho de 2014

TLM e Desenvolvimento de Competências

Primeiramente, a sigla TLM, em inglês, significa Total Lubrication Management, sendo que não iremos nos aprofundar neste tema neste momento.

No que se refere a novas tecnologias, aqui falando especificamente do mercado de lubrificação e abastecimento, existe uma defasagem do Brasil, bem como de alguns países da América Latina, tanto tecnológica quanto cultural. Isso envolve metodologias, equipamentos e soluções utilizando equipamentos de alto desempenho e eficácia em lubrificação e abastecimento, quando comparados aos EUA, Alemanha, Espanha, Itália e outros países mais desenvolvidos.

Em um passado não tão longe assim, ao concluir um curso de graduação, um profissional recém-graduado já podia se aventurar no mercado de trabalho sem maiores preocupações com outras competências, além daquelas adquiridas na Faculdade ou Universidade.

Com o advento da Globalização, ou melhor, da Globalidade, a extrema e estressante competitividade e as relações de emprego cada vez menos estáveis passaram a demandar um maior empenho profissional em diversas competências, além das específicas por atividade, o que denominamos de competências essenciais do indivíduo ou competências transversais. Em um primeiro momento, principalmente com a Globalização, estas passaram a ser consideradas como requisitos competitivos diferenciais. Atualmente, na fase da Globalidade, da pós-Globalização, podemos considerar as competências essenciais ou transversais como requisitos básicos para o desempenho eficaz de qualquer atividade profissional.

Tentarei resumir o conceito sob uma das óticas possíveis, de uma forma bem simplista, como a aquisição de uma série de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA), que somadas ao conhecimento técnico específico de cada atividade, poderão fazer com que o profissional se torne competitivo e eficaz em qualquer atividade. Compreende a flexibilidade, inteligência emocional, pró-atividade, assertividade, tolerância a realidades incertas e não lineares, planejamento, gestão, liderança e uma série de outras competências essenciais.

“Conhecimentos, habilidades e atitudes que são os diferenciais de cada pessoa e têm impacto em seu desempenho e consequentemente nos resultados atingidos” (Maria Odete Rabaglio)

     
Desenvolver Competências em TLM significa criar uma base sólida de conhecimentos necessários para a identificação de necessidades e oportunidades para a implantação de novas tecnologias em lubrificação e abastecimento, bem como fornecer subsídios para o desenvolvimento das habilidades e atitudes essenciais para viabilizar o desenvolvimento de soluções utilizando novas tecnologias e equipamentos de alto desempenho e eficácia em lubrificação e abastecimento. 

Atualmente existem no Brasil renomadas empresas que ministram cursos de lubrificação, os quais possuem foco na seleção, nos métodos e aplicação dos lubrificantes. A título de curiosidade, também existem alguns cursos on-line, sendo observada uma disparidade muito grande entre eles no que diz respeito ao conteúdo, público alvo e preço final.

Quando se fala em desenvolver competências em TLM, o diferencial é criar uma base sólida de conhecimentos necessários para a identificação de necessidades e oportunidades para a implantação e gerenciamento do ciclo de melhoria contínua de soluções que utilizam novas tecnologias e equipamentos de alto desempenho e eficácia em lubrificação e abastecimento. 

Não se trata apenas da seleção de lubrificantes, o que é apenas parte do processo. O conteúdo deve abranger desde os principais fundamentos de lubrificação, questões ambientais, cases e impactos financeiros, novas tecnologias em lubrificação, seleção de equipamentos, dimensionamento, desenvolvimento de soluções de controle e gestão de lubrificação e abastecimento, até o modelo de gestão de competências, como subsídios para o desenvolvimento das competências essenciais em TLM.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Bom Dia, seja qual for o seu problema !

Seja qual for o seu problema, siga, não desista, pois a solução nem sempre ocorre como e no tempo que queremos. Sou testemunho vivo disso...

E com esta linda letra de música do Pe. Cleidimar Moreira, desejo muita Paz, Amor, Saúde, Sucesso e Felicidades eternas, com mais um excelente dia a você !

E para quem não crê em Deus, substitua Esta palavra pelo seu próprio nome, pois Deus está em ti.

"Vejo em teu olhar profunda tristeza
Onde é que foi parar, aquele brilho?
Se desanimado estás, levante a cabeça,
Deus é tua força, Ele quer te levantar.
Seja qual for o teu problema
Ele está contigo,
Se precisar de um ombro amigo
Ele é teu consolo,
A vitória é reservada
Àqueles que n'Ele se apoiam.
Deus tudo vê (Deus tudo vê)
Deus tudo pode (tudo pode)
Basta apenas confiar
E o mais Ele fará

Por você."

Oportunidades e Desafios da Atualidade

Apresentado em Novembro/2013 à LUPUS Equipamentos de Lubrificação e Abastecimento

(Introdução do International Business Plan - Individual – MBA FGV – COMEX 21 – 2013/2015)


Segundo o Prof. Dr. Orleans Silva Martins, falando sobre os efeitos da globalização no mercado internacional, existe um conjunto de forças controla o processo de globalização, tendo de uma lado as políticas governamentais de abertura econômica e de outro forças conduzidas pelo progresso tecnológico, principalmente nos setores de comunicação e transportes. Enquanto a produção mundial cresceu seis vezes nos últimos quarenta anos, os fluxos comerciais cresceu quinze vezes, expansão nunca vista no cenário internacional.

Visando aumentar a escala de operação, reduzir custos e ampliar participações nos mercados nacionais e internacionais, nota-se que grande parte dos negócios internacionais é realizada por empresas do mesmo grupo, entre matriz e subsidiárias, de acordo com as vantagens dos países envolvidos. Outra realidade são os arranjos regionais de comércio, sendo estimado que o comércio realizado internamente aos blocos econômicos de livre comércio representam atualmente mais de 50% do comércio mundial. Nos parágrafos abaixo são citados alguns fatos marcantes que indicam a proporção das transformações que estão ocorrendo no cenário internacional nos últimos anos.

Em 25 de abril 1994, após oito anos de negociações na Rodada Uruguai em, o antigo acordo GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) criado em 1947 deu lugar à OMC - Organização Mundial do Comércio, em 1995. A OMC é uma organização internacional, com personalidade jurídica própria e que detém privilégios e imunidades diplomáticos análogos aos organismos especializados das Nações Unidas (ONU), diferente do GATT que é apenas um tratado internacional.

Atualmente com 159 países membros, as funções básicas da OMC são: facilitar a implantação dos acordos, regras e mecanismos multilaterais e dos instrumentos jurídicos negociados na Rodada Uruguai; servir de foro para negociações relacionadas ao comércio entre os países membros; administrar o Entendimento sobre Solução de Controvérsias e administrar o Mecanismo de Exame das Políticas Comerciais, cooperando paralelamente com o FMI e Banco Mundial para que se obtenha maior coerência na elaboração das políticas econômicas em escala mundial.

Em 2001, por não ser considerada uma economia de mercado a China ingressou na OMC, porém com a obrigação de realizar amplas reformas internas para cumprir as regras da OMC até 2016, período em que ela não poderá usufruir dos Acordos sobre o Comércio de Bens, como Medidas Antidumping, Salvaguardas, Subsídios e Medidas Compensatórias. E recentemente, segundo matéria do Valor Econômico de 15/11/2013, a China anunciou plano ambicioso de liberalização econômica e social, divulgando detalhes de um plano abrangente de reforma econômica e social, prometendo reduzir o papel do governo em diversos setores e estimular as forças de mercado.

Em matéria publicada em 23/11/2013, por Clóvis Rossi, colunista da Folha de São Paulo, os negociadores da OMC estão fechando um pacote de acordos a ser definitivamente aprovado na Conferência Ministerial que ocorrerá a partir do dia 3 de dezembro de 2013 em Bali, na Indonésia. O pacote em fase final de negociação prevê a "facilitação de negócios". Há cálculos apontando para um acréscimo de US$ 1 trilhão ao comércio internacional (quase quase meio Brasil) apenas com mais rapidez no embarque e desembarque de mercadorias. Na área agrícola consolida regras e propostas que facilita o acesso de bens agrícolas aos mercados, área em que o Brasil é um dos mais importantes atores no comércio mundial. 

Também em matéria veiculada em 23/11/2013 na Folha de São Paulo por Renata Agostini, o acordo para a facilitação do comércio na OMC pode reduzir em 10% os custos para a exportação e a importação de produtos. Nos setor dos bens manufaturados, o qual tem experimentado queda nas vendas, a economia pode chegar a 14% de acordo com estudo elaborado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Temas como a adoção de um "portal único" para o desembaraço de mercadorias e o fim da "consularização", da exigência de registro de inúmeros documentos de comércio exterior nos consulados, os quais seriam principalmente importante para pequenas e médias empresas, segundo Carlos Abijaodi, da CNI.

Em 25/11/2013, foi circulada a matéria no jornal Valor Econômico sobre o fechamento de um acordo histórico dos EUA e outros cinco países com o Irã. Este acordo previa a redução do embargo econômico ao Irã em troca de ações para limitar o programa nuclear iraniano. "O acordo exige a paralisação da produção de combustível nuclear de grau próximo ao usado em bombas e a eliminação do estoque de material físsil. Em troca, o Irã ganhará trégua nas sanções econômicas."


É notável a evolução no comércio internacional, acordos bilaterais, acordos regionais, multilaterais, país não considerado economia de mercado se integrando à OMC, país com sanções econômicas recebendo tréguas, indícios de abertura econômica, enfim, um cenário de muitas oportunidades e desafios, que requer mudanças de paradigmas das organizações.

Atualmente vivemos a fase da Globalidade, uma fase pós-globalização. Países que antes eram considerados subdesenvolvidos hoje competem de igual para igual e até com vantagens sobre as imponentes multinacionais do primeiro mundo, da fase da globalização. 

Globalidade significa reinventar-se, buscar oportunidades, chamar a si a responsabilidade de encontrar soluções, focar em mudança através da criatividade, livrar-se de antigos paradigmas, libertar a performance, descobrir como ajudar, mudar como fazer, ter paixão pelo que se faz. É quando a as distâncias foram eliminadas, o tempo de resposta se tornou praticamente nulo, o crescimento impulsionado pela internet é vertiginoso e o grande diferencial, mais do que nunca, são as pessoas como fontes de transformação.

Vivemos em uma Sociedade do Conhecimento, onde as informações devem ser transformadas continuamente em novos conceitos, gerando formas diferentes e mais eficazes de se fazer o mesmo. Segundo Adam Smith em seu livro Riqueza das Nações, o capital natural representa até 20%, os bens de capital até 20%, enquanto os recursos humanos representam mais de 60% na definição da riqueza de uma nação. Um grande exemplo disso é o Japão, tem escassez de capital natural, porém tem o diferencial nos recursos humanos, o que o coloca na posição da 3a. nação mais rica do mundo.

Isso vem de encontro à tese do professor de Desenvolvimento Econômico da Universidade de Harvard, Ricardo Hausmann: "o que impulsiona o crescimento é o conhecimento, não o conhecimento no nível do indivíduo, mais sim o conhecimento da sociedade, utilizado de forma integrada entre os indivíduos".

De acordo com a psicóloga do trabalho Lis Andréa Soboll, as novas configurações de gestão, neste “novo” cenário de competição globalizada, são propícios à complexidade do ambiente de competitividade em que as empresas estão inseridas, afetando empresas de todos os portes. Diante disso, não há espaço para o amadorismo. É preciso saber administrar os vários tipos de conhecimento existentes dentro da empresa e fazê-los entrar em ação.

O conhecimento não está acima dos recursos humanos; cada um deve ser julgado por sua contribuição pelo objetivo comum da empresa e não pela sua superioridade ou inferioridade implícita. Portanto, a organização moderna não pode ser do tipo chefe-subordinado, deve ser organizada como uma verdadeira equipe, através da integração de processos e funções. 

Quando isso não ocorre, uma das fraquezas (análise SWOT) do ambiente organizacional, conhecido como "miopia gerencial", surge como freio para o crescimento e inovação dentro das empresas, pois a "inovação empresarial depende do engajamento das pessoas", segundo Jussara Dutra, gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Senior, em matéria publicada no site da Revista Você RH. Inovação é questionar as crenças existentes e desafiar a lógica convencional, com o objetivo de lançar idéias que podem revolucionar o mundo, dando origem a novos produtos e serviços, é quando muitas empresas nascem e outras se reinventam.

Porém como quebrar paradigmas e promover a criatividade, sair do cotidiano mecanizado que muitas vezes desmotiva os colaboradores e favorece a concorrência não é tarefa fácil. O principal desafio da Gestão do Processo de Inovação é construir um clima propício para que as pessoas criem vínculos e se engajem, se comprometam com os objetivos da organização.

Pessoas engajadas são pessoas comprometidas para a realização de uma causa, para que voluntariamente dediquem seus esforços para criar. Pois o Processo de Inovação não é um processo que se implanta somente com a publicação de um procedimento, de um conjunto de regras e, sim, somente é possível em uma organização com colaboradores realmente engajados. O engajamento é um processo emocional, diretamente ligado à capacidade das lideranças de se comunicarem com as equipes, para que estas se sintam capazes de contribuir e participar ("empowerment").

Voltando à "miopia gerencial", a mesma tem origem em crenças profundas validadas no passado e na superioridade de antigos modelos de negócio e gestão, na qual a formação dos gestores era voltada para supervisionar e controlar, com a premissa de que o saber era um bem privativo apenas a eles, gerando distanciamento dos gestores aos seus colaboradores.

Isso converge com outra fraqueza organizacional, ilustrada pelo conceito da "mentalidade do silo". Da matéria publicada no Blog Inteligência Competitiva, a mentalidade do silo é a falta de capacidade de interagir, comunicar-se e cooperar. Silos são construções de formato cilíndrico, altos, sem janelas e cumprem suas funções isoladamente, sem comunicarem-se uns com os outros.

Daí surgiu a analogia dos silos com alguns departamentos, grupos ou indivíduos que procuram agir isoladamente dentro de uma empresa, não interagindo, não comunicando-se ou cooperando com as demais áreas, processos e funções de uma organização, representando uma grande ameaça por colocarem em risco tanto as atividades internas da organização como as externas, representadas pelo relacionamento com clientes, fornecedores e outros parceiros de negócios.

O enfrentamento destas fraquezas exige medidas que mudem conceitos culturais e comportamentais já arraigados na organização. É preciso desenvolver novas competências nos gestores, competências que viabilizem a troca de informações entre as pessoas e que respeite a diversidade de idéias. Exige que se aperfeiçoem os sistemas de liderança, administração, planejamento, motivação, qualidade e controles de desempenho.

Também exige a adoção de sistemas de gestão dos conhecimentos empresariais visando fortalecer o desenvolvimento e compartilhamento de conhecimentos. Além disso, é preciso gerar um ambiente de confiança entre funcionários e empresa, confiança que permita as pessoas experimentar novas formas de se realizar os processos, novos produtos, novos serviços.

Concluindo, o cenário atual expõe as disparidades e diferenciam as organizações que possuem condições de crescer em um ambiente aberto, competitivo e dinâmico, daquelas que só sobreviveriam em uma economia fechada e protegida. Ou seja, as empresas precisam se adaptar às escalas compatíveis com o mercado aberto, é questão de competitividade e sobrevivência do negócio. Enfim, na era da tecnologia da informação, é impossível se isolar do comércio internacional.

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